Acompanhe o interrogatório de Bolsonaro no STF sobre trama golpista
Os interrogatórios começaram com o réu delator Mauro Cid. Os demais estão sendo ouvidos por ordem alfabética

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira (9/6) os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo 1” ou “núcleo crucial” da ação penal que apura tentativa de golpe de Estado. As sessões serão presenciais e ocorrerão na sala de sessões da Primeira Turma.
Os interrogatórios começarão com o réu delator Mauro Cid. Os demais serão ouvidos por ordem alfabética: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Acompanhe:
Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro, será ouvido por videoconferência. Como Bolsonaro será o sexto a ser interrogado, há a expectativa de que ele possa falar entre terça-feira e quarta-feira.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), esse grupo teve papel central na tentativa de ruptura institucional. A denúncia foi aceita pelo STF em março. Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
No caso de Alexandre Ramagem, a investigação sobre fatos ocorridos após a posse como deputado federal, em janeiro de 2023, está suspensa até o fim do mandato.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), é o primeiro a depor. Ele assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF)
Interrogados ficam frente a frente com o juiz instrutor e relator do caso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. – (crédito: Ed Alves CB)x
O réu colaborador e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), Mauro Cid, voltou a afirmar na tarde de hoje (9/6), no Supremo Tribunal Federal (STF), que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, entregou a ele uma caixa de vinho com dinheiro para injetar a verba nas manifestações golpistas.
Na ocasião, Mauro Cid foi procurado, em novembro de 2022, por um major do Exército (Oliveira) informando a ele que estava “precisando de dinheiro” para financiar as manifestações. “Queriam trazer pessoas do Rio de Janeiro, e ele me disse que queria R$ 100 mil, aí fui procurar o Braga Netto, que me orientou procurar o pessoal do partido (Partido Liberal/PL)”, comentou o réu colaborador em interrogatório da trama golpista.
Apesar da tentativa, o partido de Bolsonaro disse que não poderia apoiar as manifestações com recursos financeiros próprios. Cid então informou a Braga Netto que não havia conseguido o dinheiro com o PL. Foi aí que o general – preso preventivamente no Rio de Janeiro – entregou uma caixa de vinho para Cid, contendo um envelope com dinheiro, que ele repassou para o major Oliveira no Palácio do Alvorada.
O colaborador informou que não sabia a origem do recurso e tampouco o valor do montante, mas acredita que pelo peso da entrega era menos do que R$ 100 mil, mas acredita que “provavelmente era o pessoal do agronegócio, para manter as manifestações dos quartéis”. Cid informou que soube do plano Punhal Verde e Amarelo apenas pela imprensa.
O ministro Luix Fux, que acompanha o interrogatório ao lado do juiz instrutor e relator do caso, Alexandre de Moraes, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Fux questinou Cid se ele tinha certeza que, embora não tivesse aberto o envelope, tem certeza de que se tratava de dinheiro. Braga Netto também será ouvido, por videoconferência.

O réu colaborador e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), Mauro Cid, voltou a afirmar na tarde de hoje (9/6), no Supremo Tribunal Federal (STF), que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, entregou a ele uma caixa de vinho com dinheiro para injetar a verba nas manifestações golpistas.
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Na ocasião, Mauro Cid foi procurado, em novembro de 2022, por um major do Exército (Oliveira) informando a ele que estava “precisando de dinheiro” para financiar as manifestações. “Queriam trazer pessoas do Rio de Janeiro, e ele me disse que queria R$ 100 mil, aí fui procurar o Braga Netto, que me orientou procurar o pessoal do partido (Partido Liberal/PL)”, comentou o réu colaborador em interrogatório da trama golpista.
Apesar da tentativa, o partido de Bolsonaro disse que não poderia apoiar as manifestações com recursos financeiros próprios. Cid então informou a Braga Netto que não havia conseguido o dinheiro com o PL. Foi aí que o general – preso preventivamente no Rio de Janeiro – entregou uma caixa de vinho para Cid, contendo um envelope com dinheiro, que ele repassou para o major Oliveira no Palácio do Alvorada.
O colaborador informou que não sabia a origem do recurso e tampouco o valor do montante, mas acredita que pelo peso da entrega era menos do que R$ 100 mil, mas acredita que “provavelmente era o pessoal do agronegócio, para manter as manifestações dos quartéis”. Cid informou que soube do plano Punhal Verde e Amarelo apenas pela imprensa.
O ministro Luix Fux, que acompanha o interrogatório ao lado do juiz instrutor e relator do caso, Alexandre de Moraes, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Fux questinou Cid se ele tinha certeza que, embora não tivesse aberto o envelope, tem certeza de que se tratava de dinheiro. Braga Netto também será ouvido, por videoconferência.