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Governo adia o ´Concurso Nacional Unificado ´ em todo o país; veja detalhes

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Decisão foi tomada devido ao estado de calamidade pública vivenciado pelos moradores do Rio Grande do Sul

Decisão foi tomada devido ao estado de calamidade pública vivenciado pelos moradores do Rio Grande do Sul -  (crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) está adiado. A decisão foi tomada no começo da tarde desta sexta-feira (3/5), por conta do estado de calamidade pública vivenciado pelos moradores do Rio Grande do Sul. O exame seria aplicado neste domingo (5/5), em 228 municípios.

Adiamento do Concurso Unificado deve custar R$ 50 milhões

O governo anunciou o adiamento em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. De acordo com a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação, “seria impossível realizar a prova no Rio Grande do Sul”. Por isso, a decisão de adiar o concurso para todo mundo foi tomada para garantir que todos os candidatos tenham as mesmas condições.

“Pela manhã, a gente ainda achava que poderia ter forças federais que pudessem garantir a aplicação da prova. Mas a gente construiu um acordo para preservar a integridade do concurso e a gente chegou conclusão de que solução mais segura para todos os candidatos é de fato o adiamento da prova”, disse a ministra.

De acordo com ela, ainda não é possível saber qual vai ser a nova data do certame. O governo aguarda a situação no Rio Grande do Sul se estabilizar para poder definir a nova data. A intenção, no entanto, é utilizar as mesmas provas que seriam aplicadas neste domingo. Para isso, a ministra disse que será feita a segurança dos documentos para que não haja vazamentos. Cerca de 60% das provas já estavam nos estados de aplicação.

“Elas (as provas) estão em local seguro, com escolta, que são esporádicas naquelas cidades. Vamos voltá-las para locais certificados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com segurança absoluta, que são utilizadas pelo Enem”, disse.

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Calamidade pública

A medida ocorre em meio à devastação no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes. Até o momento, foram registradas mais de 30 mortes e, ao menos, 74 pessoas desaparecidas. Conforme dados da Defesa Civil, há quatro dias, as chuvas no estado atingiu pelo menos 235 cidades gaúchas e mais de 24 mil pessoas estão fora de casa devido aos temporais.

Dos 96.592 inscritos para a prova no Rio Grande do Sul, mais de 9 mil indicaram Santa Maria para realizar o exame, uma das principais cidades afetadas pelas fortes chuvas. Toda a região em volta do município foi atingida pelo temporal, que provocou também bloqueios de muitas estradas.

Inicialmente, a decisão do Ministério da Gestão, órgão responsável pela organização do certame, era de manter o concurso. No entanto, candidatos, moradores do estado e políticos sustentaram a necessidade de adiar o exame.