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Susana Vieira de peito aberto: ‘Essa coisa de que a mulher perde a vontade de transar depois dos 50 é ignorância’

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Aos 79 anos, atriz reestreia peça sobre solidão no Rio

Prestes a voltar aos palcos pela primeira vez, desde o começo da pandemia, Susana Vieira está radiante. “Já fiz muita coisa boa, mas essa é a peça da minha vida”, diz a atriz, de 79 anos. Ela reestreia o monólogo “Uma Shirley qualquer”, nesta sexta-feira, no Rio.

Susana Vieira, à vontade, na volta aos palcos Foto: Leo Aversa / Leo Aversa
Susana Vieira, à vontade, na volta aos palcos Foto: Leo Aversa / Leo Aversa

O espetáculo é uma adaptação de Miguel Falabella para o clássico “Shirley Valentine”, de Willy Russel, com direção de Tadeu Aguiar. Foi no Teatro XP Investimentos, onde entra em cartaz, que ela recebeu a reportagem da Revista ELA para uma conversa para lá de franca. Susana falou sobre o tratamento contra leucemia, política, feminismo e relacionamentos com homens mais jovens. “Sou engraçada, trabalho fora, não encho o saco de ninguém”

Susana usa macacão Andrea Marques e sapato de acervo pessoal Foto: Leo Aversa
Susana usa macacão Andrea Marques e sapato de acervo pessoal Foto: Leo Aversa

Nos últimos anos, além de atravessar momentos de solidão causados pelo isolamento social e perder amigos próximos, Susana passou a conviver com um quadro de leucemia linfocítica crônica. A doença é incurável e exige que ela faça cinco sessões de quimioterapia a cada seis meses. “Meu médico diz que não vou morrer por causa da leucemia”, pondera. “Então, me protejo para não pegar Covid-19 e acabei de tomar o reforço da vacina. Estava com medo de morrer por causa disso. Quero ir até os 100 e acho que vou conseguir.”

Antes, porém, tem os 80 anos a serem completados no ano que vem, e a atriz pretende celebrá-los a bordo de um cruzeiro e uma viagem à Disney. Tudo isso sem deixar a vida sexual e afetiva cair no marasmo. “Essa coisa de que a mulher perde a vontade de namorar ou transar depois dos 50 anos é ignorância. Faz parte do machismo brasileiro”, diz. (O Globo)