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Produtores rurais cobram acordo para conclusão da CCT 2023, que se arrasta há mais de 100 dias

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Os produtores de frutas do Vale do São Francisco, ligados aos sindicatos patronais dos estados de Pernambuco e Bahia, divulgaram um documento cobrando maior agilidade nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho da Fruticultura Irrigada (CCT 2023), que se arrasta há mais de 100 dias.

De acordo com a comissão composta por representantes de 3.500 pequenos, médios e grandes produtores agrícolas, que empregam, aproximadamente, 110 mil trabalhadores rurais, alguns pontos estão impedindo a conclusão das negociações. Em primeiro lugar, o Sindicato dos Trabalhadores está pedindo a contribuição assistencial nacional, de uma diária (mais de R$40,00 reais), para todos os trabalhadores, entre outros pedidos.

A comissão patronal ofereceu o salário de R$1.354,00 para os trabalhadores, com contrapartidas, garantindo um aumento de 7,12%, que está bem acima de aumentos praticados em outras convenções e da inflação. Esta proposta não foi aceita. Outra proposição apresentada pelos produtores de frutas garante que o valor acumulado, relativo ao novo salário, pode chegar a mais de R$200,00. Em razão disto, a categoria espera concluir as negociações até o final desse mês para que esta quantia passe a ser paga a partir do dia 06 de junho de 2023.

Contabilizando perdas agrícolas recentes pelo excesso de chuvas, os produtores rurais da região, enfrentam ainda problemas como o aumento dos custos de produção, de insumos, implementos agrícolas, acondicionamento, embalagens das frutas, comercialização, aduanas e transporte até os mercados interno e externo. “Ainda sim, apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos últimos anos, os produtores rurais sempre tem contribuído para negociações coletivas com resultados satisfatórios para ambas as partes”, ressalta no final do documento, a Comissão dos Sindicatos Patronais do Vale do São Francisco nos estados de Pernambuco e Bahia. (Ascom)