A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) possui 79 pesquisadores entre os cientistas mais citados do mundo, de acordo com o ranking AD Scientific Index 2024, sistema de classificação baseado no desempenho individual e no impacto de suas produções. O índice internacional leva em consideração citações no Google Acadêmico e trabalhos realizados pelos cientistas nos últimos seis anos. Os professores da Univasf são destaques nas áreas de Antropologia, Ecologia, Engenharias, Farmácia, Educação Física, Medicina, Zootecnia, entre outras.
O AD Scientific Index utiliza nove indicadores, dentre eles o h-index, que considera o número de citações recebidas pelas publicações, e o i10, que rastreia os artigos com dez ou mais citações. Em 2024, o Índice Científico AD analisou 23.189 instituições de todo o mundo. Das instituições analisadas, 2.064 são da América Latina e 578 do Brasil, com um total de 43.178 cientistas brasileiros citados. De acordo com a classificação de Instituições deste ano, a Univasf está posicionada em 140º lugar no Brasil e ocupa a 310ª posição entre as universidades da América Latina.
Adriana Mayumi atua na área de microbiologia do solo
Com área de atuação em Microbiologia do Solo, a docente do Colegiado de Zootecnia Adriana Mayumi Yano-Melo está entre os pesquisadores da Univasf em destaque no ranking AD Scientific Index 2024. Para ela, o trabalho que realiza na instituição contribui para o avanço do conhecimento científico. A professora ainda destaca a relevância deste reconhecimento enquanto mulher pesquisadora. “Algumas áreas da Ciência não possuem ainda um equilíbrio na quantidade de mulheres reconhecidas como pesquisadoras, mesmo com um incremento no número de doutoras formadas no Brasil. Neste sentido, acho que o reconhecimento valoriza nosso trabalho e nos estimula a buscar novos desafios”, diz Adriana.
A oportunidade de ter construído vínculos profissionais com grandes pesquisadores e ter um objeto de estudo que permeia as áreas das ciências naturais e sociais são alguns dos fatores que, segundo o professor do Colegiado de Ecologia Felipe Silva Ferreira, contribuíram para a sua colocação no ranking internacional. “Nosso trabalho tem tido boa receptividade dentro da comunidade científica. É gratificante ter reconhecimento, pois mostra que estamos desenvolvendo pesquisas de destaque, mesmo estando em uma universidade no interior do Nordeste. Isso também reflete na possibilidade de oferecer aos nossos estudantes condições de aprender e produzir ciência com qualidade”, enfatiza Ferreira.
Doutora em Física da Matéria Condensada e coordenadora do Grupo de Pesquisa Síntese, Caracterização e Luminescência de Materiais(SCL-Mat) da Univasf, Raquel Aline Pessoa Oliveira, professora do Colegiado de Engenharia Elétrica, também se sente privilegiada por ter sua produção científica reconhecida internacionalmente. Ela atua na área de materiais cerâmicos, vítreos e detectores de radiação ionizante. “Estar entre os pesquisadores da Univasf citados no ranking AD Scientific Index é um privilégio, uma validação da qualidade das publicações científicas e, também, motivação para inspirar futuras gerações de mulheres cientistas, garantindo a equidade e a diversidade na comunidade científica”, destaca.
O docente do Colegiado de Farmácia Jackson Guedes ocupa a primeira colocação entre os pesquisadores da Univasf citados no AD Scientific Index e está entre os 3% dos cientistas mais citados no Brasil e 10% dos cientistas mais relevantes do mundo. “Acredito que isto é fruto de um trabalho feito com dedicação e perseverança. Temos uma equipe bem formada, alunos dedicados que cumprem os objetivos dos projetos e conseguem transformá-los em resultados e publicações, além de uma ampla rede de colaboradores, tanto no Brasil como no exterior”, diz o professor.
Guedes ainda ressalta a relevância desse resultado para a Univasf. “É uma honra representar a Universidade nesse ranking e dar visibilidade para a instituição, para o curso de Farmácia, para as pós-graduações em que atuo aqui e, principalmente, contribuir para a internacionalização da nossa Universidade”, conclui.(Ascom)