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Jovem autodidata lista 5 dicas para quem quer estudar por conta própria

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Aos 18 anos, “prodígio” carioca Felipe Vasconcelos domina 5 idiomas, têm mais de mil horas de estudo em geopolítica e está prestes a iniciar a graduação em Relações Internacionais na Bélgica; ele lista dicas para quem quer ser autodidata

São Paulo, maio de 2025 – Em um mundo de transformações aceleradas e acesso amplo à informação, estudar por conta própria se tornou não apenas mais viável, como também mais eficaz. Um exemplo inspirador é o jovem Felipe Vasconcelos, de 18 anos. Autodidata, ele fala fluentemente italiano, francês, espanhol, russo e atualmente estuda alemão. “Gosto muito de aprender vendo filmes e lendo livros nesses idiomas”, conta Felipe, que já chegou a dar aulas de inglês.

Felipe inicia, no fim deste ano, o curso de RelaçõesInternacionais em uma universidade de Bruxelas. Até aqui, ele já completou mais de mil horas de estudo em cerca de 60 cursos online, cobrindo temas como política externa, desenvolvimento sustentável, política contemporânea, diplomacia moderna, terrorismo e contraterrorismo, e segurança internacional.

Com base em sua trajetória, Felipe reuniu 5 dicas para quem deseja se tornar autodidata e conquistar mais autonomia e oportunidades por meio do conhecimento:

1. Escolha um tema que te interesse!

O verdadeiro motor do autodidatismo é a curiosidade genuína. Estudar por obrigação tem prazo de validade. Quando o interesse nasce de uma vontade pessoal, o aprendizado se torna prazeroso e contínuo, ao invés de ser massante e tedioso.

“A paixão pela geopolítica surgiu ainda na infância, assistindo ao noticiário com meu pai. Ficava fascinado com o fato de uma decisão em um país afetar tantos outros. Desde então, estudar o tema virou algo quase instintivo”, explica Felipe.

2. Crie uma rotina de estudos estruturada, mesmo fora da escola

Você está muito enganado se pensa que para ser autodidata é apenas estudar qualquer coisa de forma aleatória. A liberdade é grande, mas é preciso transformar o tempo em um aliado estratégico. Felipe, por exemplo, recomenda montar uma grade de estudos, com temas, objetivos e prazos claros.

“Organizei meus estudos como se fosse uma grade da faculdade: dividido por áreas nas quais faziam parte do que eu gostava, história, relações internacionais e teoria política, com leituras semanais e revisões. Isso me ajudou a manter uma linha de raciocínio clara, evitar a distração de uma rotina comum de estudos, e principalmente, perceber minha evolução ao longo do tempo”, explica.

3. Valorize a profundidade e a diversidade das fontes

Estudar por conta própria exige senso crítico e apuração. É preciso ir além de vídeos e redes sociais: a construção de autoridade vem sempre com uma base sólida. Felipe combina leituras clássicas com atualizações diárias de fontes confiáveis internacionais.

“Com o tempo, eu aprendi que estudar por conta gira muito em torno da qualidade do material que você usa, então um conselho é ir direto à fonte, no meu caso:  documentos da ONU, papers acadêmicos, jornais como The Economist, Foreign Affairs e livros que não costumam estar nos mais vendidos. É aí que está o conteúdo que realmente forma uma visão robusta, mas é necessário ter a vontade de buscar um material de qualidade”, ressalta Felipe.

4. Compartilhe seu aprendizado: escreva, debata e produza conteúdo

O conhecimento se consolida quando é colocado em prática. Para Felipe, discutir ideias, escrever artigos e produzir conteúdo são estratégias-chave para transformar o estudo em domínio real.

“Criei um perfil, escrevi artigos, participei de entrevistas. Fui debatendo com pessoas mais experientes, escutando especialistas, abrindo minha mente para pessoas com mais bagagem. Existem muitos conteúdos com uma linguagem muito acadêmica e às vezes difícil de entender. Aprendi que ensinar também é uma forma de aprender”, orienta o jovem.

5. Abrace o erro como parte essencial do processo

O perfeccionismo pode paralisar. O autodidata precisa aceitar que o aprendizado é um ciclo contínuo de tentativa, erro e correção. Felipe reforça a importância de ter humildade intelectual para evoluir constantemente.

“Ao longo do caminho, já acreditei em teorias e defendi posicionamentos que, com o tempo e mais estudo, percebi que não se sustentavam. E está tudo bem. Ser autodidata também é isso: aprender a desapegar do ego e a ter humildade intelectual para mudar de ideia. O erro, nesse processo, não é um fracasso é um sinal de que você está em movimento, evoluindo. Muitas vezes, são justamente os momentos em que você percebe que estava errado que mais te fazem crescer”, finaliza.

Responder para: Clinton Dantas cdantas@makebuzz.com.br