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Musk pede impeachment e diz que Trump está envolvido em escândalo sexual

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Presidente dos EUA e bilionário que chegou a ser o “primeiro-companheiro” dele durante campanha presidencial trocaram farpas públicas nesta quinta-feira (5/6)

Elon Musk republicou publicação que dizia que Trump

O bilionário Elon Musk, funcionário especial do governo americano até o fim de maio, endossou no X, rede social que comanda, que acredita que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deva sofrer um processo de impeachment. A declaração vem após o representante republicano ter afirmado, mais cedo nesta quinta-feira (5/6), que estaria “muito decepcionado” com o magnata sul-africano, o que gerou uma série de troca de farpas na internet. 

“Sim”, respondeu o empresário a uma publicação que dizia que o atual chefe de Estado “deveria ser impeachmado e substituído por JD Vance”, o vice. Entre outras provocações, o dono da Tesla — empresa de carros cujas ações caíram desde o início do desentendimento — afirma que o governante estaria envolvido no escândalo sexual liderado por Jeffrey Epstein. Além disso, propõe a mais de 220 milhões de seguidores a possibilidade de criação de um “novo partido político” nos EUA.

“Está na hora de criar um novo partido político nos Estados Unidos que realmente represente os 80% do meio?”, pergunta Musk, considerado o homem mais rico do planeta, em uma enquete fixada no próprio perfil do antigo Twitter. Quase 82% dos mais de 2,2 milhões de votos em três horas de publicação indicavam resposta favorável.

Nas últimas horas, o magnata republicou vídeos e textos que mostram possível envolvimento de Trump com o criminoso sexual Epstein, condenado por abuso de menores e tráfico de pessoas. O empresário diz que os arquivos do caso não foram tornados públicos até o momento devido à menção do presidente neles.  

“Salve essa publicação para o futuro”, escreveu ele. “A verdade vai aparecer.” Apesar disso, nenhuma prova das acusações foi apresentada. 

Além disso, Musk afirmou que “as tarifas de Trump” causariam recessão no segundo semestre deste ano; e que desativará imediatamente a nave espacial Dragon, da SpaceX — empresa também comandada por ele —, usada para transportar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). 

O bilionário também republicou publicações antigas em que o presidente reclamava da dívida americana e do equilíbrio do

Entenda a briga 

Durante reunião com o chanceler alemão, Friedrich Merz, na Casa Branca nesta quarta, o presidente Donald Trump mencionou de forma breve que estava “muito decepcionado com o Elon” — a quem chegou até a chamar de “first buddy”, “primeiro-companheiro”, em alusão ao termo “primeira-dama”. 

O representante americano afirmou que ajudou muito a Musk e que o empresário conhecia o projeto econômico que criticou antes de deixar o governo “melhor do que quase todos” os membros da gestão e “de repente” colocou um problema na proposta. “Elon e eu tínhamos uma ótima relação”, disse. “Não sei se continuaremos tendo. Fiquei surpreso.” 

Em resposta, o dono do X — que chefiava, até o dia 28 de maio, o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), com objetivo declarado de reduzir gastos do Estado — utilizou a própria plataforma para iniciar defesa pessoal. Ele disse que a afirmação de Trump era “falsa” e que ele nunca tinha visto o projeto de lei que teria gerado o atrito. Também afirmou que, sem ele, o republicano “teria perdido a eleição” e que “os democratas controlariam a Câmara” — o que demonstraria “ingratidão” por parte do republicano. 

O presidente dos EUA, então, chamou Musk de “louco” e disse que pediu para que o empresário “fosse embora”. “A forma mais fácil de economizar dinheiro em nosso orçamento, bilhões e bilhões de dólares, é rescindir os subsídios e contratos governamentais de Elon”, escreveu na plataforma Truth Social. 

Elon Musk foi o principal doador da campanha presidencial de Donald Trump, para a qual forneceu, até novembro do ano passado, quando ocorreu a eleição, cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,68 bilhão, na cotação atual). Como consequência do desentendimento, as ações da Tesla, uma das empresas do sul-africano, na Wall Street caíram 8%. (Ascom)