De acordo com o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, foi determinado um prazo até 31 de dezembro para que o processo seja concluído, mas a expectativa é de que os pagamentos sejam feitos antes
Segundo o ministro, primeiro o governo pretende ressarcir e só depois buscar os recursos das associações, que já estão bloqueados. “Tem mais recursos para entrar na investigação que está em curso, novos patrimônios são descobertos. Isso vai segurar o lastro para a gente começar esse ressarcimento”, afirmou.
Questionado sobre as medidas de proteção para que novos descontos com entidades não sejam autorizados, o ministro afirmou que a pasta conta com uma força-tarefa previdenciária. “A Previdência Social é sempre atacada, semanalmente temos operações”, destacou.
Proibição do desconto em folha
Parlamentares têm apresentado projetos de lei que visam proibir descontos em folha de pagamento, no âmbito do INSS, para evitar fraudes e proteger os benefícios dos segurados. Para Queiroz, essa não é a melhor alternativa. “A gente acha que os critérios devem ser aprimorados, mas em alguns momentos o desconto em folha é saudável para o apresentado. Por exemplo, no crédito consignado, ele recebe o valor do empréstimo e paga no final do mês, isso acontece com 16 milhões de aposentados.”
Ele afirmou que uma proibição total do desconto em folha pode resultar em mais dificuldade para que os aposentados acessem o crédito. “Agora, é importante que haja biometria, o consentimento, que não haja fraudes e que o modelo de governança e de gestão seja aprimorado para que a gente possa ter um modelo confiável”, avaliou.
“Esse é o nosso objetivo, agora, se o Congresso decidir encerrar o desconto em folha para todas as modalidades, nós vamos acatar e procurar uma outra forma”, completou o ministro.