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Dasa apresenta jornada inédita de cuidado integral para pessoas com TEA

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Neste Mês Mundial da Conscientização do Autismo, a Dasa reafirma seu compromisso com um cuidado integral, humanizado e transformador, apresentando um programa inédito no Brasil, com foco nas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. O programa das Clínicas Dasa de Terapias Especiais, já em funcionamento em duas unidades especializadas em São Paulo — no Delboni, no Brooklin, e no Lavoisier, na Penha —, vai muito além do atendimento clínico. Ele representa uma verdadeira jornada de cuidado.

Enquanto muitas famílias ainda enfrentam dificuldades para encontrar apoio adequado após o diagnóstico do TEA, a Dasa propõe um modelo de cuidado que integra avaliação e acompanhamento médico, terapias, suporte familiar e articulação com a escola.

“O diagnóstico do Transtorno do Espectro do Autismo é clínico, baseado na observação do comportamento e nos relatos dos pais, cuidadores e escola, com apoio de um especialista médico e equipe multidisciplinar. Em casos específicos, exames complementares podem ser solicitados”, explica o neuropediatra Tarcizio Brito, que atua em ambas as unidades. “Também utilizamos escalas e questionários padronizados para auxiliar na avaliação. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais precocemente podemos iniciar as intervenções — fundamentais para o desenvolvimento integral da criança.”

Diferentemente da maioria das clínicas, nas quais as famílias só ingressam com o diagnóstico fechado, a Dasa oferece uma jornada completa. O programa conta com profissionais especializados, como neuropediatras e psiquiatras da infância e adolescência, que participam da avaliação inicial e da construção de um plano terapêutico individualizado, ajustado à realidade de cada paciente. Esse plano é reavaliado a cada seis meses, com base na evolução clínica, sempre em diálogo com os responsáveis.

O atendimento é oferecido por uma equipe multidisciplinar com oito especialidades: psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicopedagogia, psicomotricidade, nutrição e medicina. Todos os profissionais atuam em conjunto, com reuniões clínicas periódicas, promovendo um cuidado verdadeiramente integrado.

“A importância do tratamento multidisciplinar no diagnóstico e nas intervenções do TEA é essencial. Precisamos ter uma visão holística diante do comportamento da criança. A equipe assistencial tem um contato mais frequente com o paciente, e isso complementa a avaliação médica, que muitas vezes é mais pontual. Além disso, é fundamental ter uma comunicação ativa entre médicos, terapeutas e professores, articulando todos os ambientes em que a criança convive”, afirma Brito.

Esse formato promove a integração entre diferentes especialidades e serviços, evitando deslocamentos entre clínicas e proporcionando uma visão mais ampla e compartilhada entre os profissionais de saúde. Com isso, fortalece-se a linha de cuidado, melhora-se a comunicação entre as equipes e garante-se um atendimento mais coordenado, eficiente e centrado no paciente.

                        Orientação e cuidado integral

A Dasa reconhece que o progresso de uma criança com TEA depende também do ambiente em que ela vive. Por isso, o programa inclui orientação e treino para pais e responsáveis, além de interação com as escolas. Com autorização das famílias, a equipe dialoga com professores e coordenadores pedagógicos e participa de reuniões escolares. Em muitos casos, as crianças alternam a rotina entre a escola e a clínica no mesmo dia — almoçam em um local e seguem para o outro. Essa integração é vista como parte essencial do processo terapêutico.

Falar sobre alta em terapias voltadas ao TEA ainda é pouco comum. A maioria das clínicas segue um modelo de cuidado contínuo, muitas vezes sem um plano claro de evolução. Na prática, isso significa que as crianças permanecem em atendimento por tempo indeterminado, mesmo quando já poderiam ser acompanhadas por equipes menos complexas, fora do escopo das terapias especializadas.

A proposta da Dasa é diferente. Com reavaliações periódicas e planos terapêuticos individualizados, a equipe identifica — caso a caso — quando é possível ajustar o tipo de atendimento ou até mesmo oferecer alta da terapia intensiva. Para a equipe envolvida, esse momento representa não o fim de um cuidado, mas o início de uma nova etapa — com mais autonomia, menos intervenções e mais leveza para a criança e sua família.

Sobre o TEA

estudos apontam um aumento expressivo nos diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a prevalência passou de 1 em cada 150 crianças em 2000 para 1 em 36 em 2020, segundo dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), divulgados em 2023. Já em regiões como Nova York, o crescimento chegou a 500% ao longo de duas décadas, conforme publicado na revista Pediatrics.

Esse aumento é frequentemente atribuído à ampliação dos critérios diagnósticos, à maior conscientização da população e à formação mais precisa dos profissionais de saúde. A inclusão da Síndrome de Asperger e de outros subtipos na classificação de TEA pelo DSM-5, em 2013, também contribuiu para esse cenário (American Psychiatric Association, 2013).

É fundamental que o diagnóstico do TEA seja conduzido por equipes multiprofissionais, com base em avaliações criteriosas, observações clínicas consistentes e histórico de desenvolvimento, evitando interpretações precipitadas que podem impactar diretamente a vida da criança e de sua família.