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Causas sociais são marca do cineasta bilionário que leva filme brasileiro ao Oscar

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Transformar temas pesados e indignantes em filmes de muita leveza é dom de Walter Salles. Ele faz isso em várias obras. Com 20 produções no currículo, entre documentários e ficções, ficou conhecido mundialmente com Central do Brasil.

A beleza do filme que aborda um problema tão crítico no Brasil por tantas décadas, o analfabetismo, levou o cineasta pela primeira vez ao Oscar, em 1999, na disputa de melhor filme estrangeiro. Fernanda Montenegro foi indicada a melhor atriz pela irretocável Dora.

Fernanda Montenegro é Dora, em Central do Brasil. Foto: Divulgação

A escolha dos temas e personagens falam muito sobre a trajetória de causas sociais do cineasta. De Dora, professora aposentada que escreve e lê cartas para pessoas analfabetas, a Che Guevara, o médico que exerceu importante papel na revolução cubana.

Diários de Motocicleta, outro filme aclamado pela crítica e vencedor de vários prêmios, além da indicação ao Oscar por melhor roteiro, em 2025, se baseia nos diários de Ernesto Che Guevara na sua juventude, antes de se tornar guerrilheiro.

Diários de Motocicleta conta a história do jovem Che Guevara. Foto: Divulgação

De novo com muita leveza, o filme mostra a transformação do jovem aventureiro Ernesto em um cidadão crítico às injustiças sociais que lhe atravessam em uma longa viagem de motocicleta que faz ao lado de um amigo. O filme mostra como a pobreza de camponeses e indígenas tocam o protagonista.

Ditadura militar, analfabetismo, miséria e, também, imigração. Em Terra Estrangeira, Sales aborda o difícil universo de imigrantes por meio de Paco, que decide morar na Europa no caos da era Color no Brasil. Fernanda Torres e Alexandre Borges também estão no elenco.

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