Rubro-negro segura o ímpeto do Galo e da Massa na Arena MRV, aproveita chance dourada com Plata e celebra o quinto título do torneio nacional em pleno território adversário
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O sofrimento pareceu controlado ao longo dos 90 minutos, mas não foi fácil desde o início. O clima de pandemônio na final ganhou contornos com a festa pirotécnica realizada pela torcida atleticana na Arena MRV. No momento da entrada dos times em campo, um mosaico 3D com imagens do Galo observando a terceira conquista da Copa do Brasil foi exposto. Aos gritos de “eu acredito” — frase também exposta nas arquibancadas —, fogos de artifício, fumaça e bandeiras nas cores preto e branco tomaram conta do ambiente.
Com bola rolando, o Fla alternou posturas para construir a vitória. Quando tinha a bola no pé, assustava. Em outros momentos, o rubro-negro apostou na frieza diante de uma Arena MRV fervendo para se sobressair. O Atlético-MG precisava marcar e buscou espaços, mas as principais chances vieram em chutes de fora da área. O Galo partiu para um tudo ou nada desde o início da etapa final com substituições para deixar o time ofensivo, mas errou muito e não aproveitou as chances criadas. Melhor no jogo, o rubro-negro também pecou em finalizações, mas não perdoou em uma delas: Plata marcou no fim o gol do pentacampeonato da Copa do Brasil.
Festa e confusão
O gol do título do Flamengo acirrou os ânimos na Arena MRV. Enquanto os rubro-negros em minoria vibravam de um lado, os atleticanos oscilaram gritos de apoio e ações descabidas. Muitos arremessaram objetos no gramado, forçando uma paralisação de quase 10 minutos. Com os ânimos mais calmos, o Galo seguiu em busca dos gols e deixou espaços. Aos 47, Wesley perdeu outra chance na cara de Everson. O jogo tinha dificuldades de seguir. Rossi reclamava de bombas e objetivos jogados próximos a ele.
O Fla ainda teve tempo de novo contra-ataque. Nesse, Saravia parou Bruno Henrique com falta e, como era o último homem, acabou expulso. David Luiz cobrou bem e Everson mostrou elasticidade para buscar no canto. Com o jogo com cara de pelada, Everson salvou outra de Wesley. Mas nem era preciso marcar outra vez. Se antes os gritos no estádio eram de “eu acredito”, a festa alvinegra virou rubro-negra e terminou com festa embala pelo “é, campeão” dos cariocas. (Correio Brasiliense)