Psicólogo explica que o momento requer cuidados com a saúde mental e um dos caminhos para superar é investir em atividades de lazer e autocuidado
Lidar com a perda de um ente querido, seja inesperado ou previsível, é um desafio para muitas pessoas. Depois da morte de um parente ou amigo, quem permanece enfrenta o crucial processo de luto. O momento pode impactar a saúde física e mental e é segmentado em cinco fases. O estágio inicial é a negação e o isolamento, seguido de raiva, negociação, depressão e, finalmente, a aceitação.
Cada indivíduo reage de maneira distinta ao processo de luto, e conforme sua trajetória de vida, suporte social, estado de saúde mental e entendimento do seu próprio processo, a superação pode ser mais ágil para alguns do que para outros. Por isso, a intensidade do luto depende de como o indivíduo enfrenta as circunstâncias com o processo de cuidado e fortalecimento, é o que explica o psicólogo e professor do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Aluísio Soares.
“O fortalecimento por meio da rede de apoio, cuidados com a saúde mental, como processo psicoterapêutico e investimento em atividades de lazer e autocuidado, são meios para passar por este momento. Não existe uma receita de bolo para enfrentar o luto, mas, sim, uma manutenção de uma perspectiva de vida direcionada para o enfrentamento cuidadoso e acolhedor deste processo”, ressalta.
O especialista informa como pode ser identificada uma pessoa que conseguiu passar e superar o luto. “O estágio de aceitação, proposto por esta fase específica, traz reflexões específicas sobre a aceitação do processo de morte e finitude. Sendo evidente a reflexão sobre o fluxo natural da vida e a importância de aproveitá-la ao máximo possível, com responsabilidade e autocuidado, compreendo que nossa experiência de vida depende da forma com a qual enxergamos o mundo”, conclui.