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João X Raquel: tabuleiro das prefeituras no primeiro turno mostra equilíbrio de forças de olho em 2026

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Partidos da governadora, PSDB, e do prefeito, PSB, saíram das eleições com o comando de 31 municípios cada um

João e Raquel dividem o estado em amarelo e azul (Rafael Vieira/DP Foto e Hesíodo Góes/PSDB)
João e Raquel dividem o estado em amarelo e azul (Rafael Vieira/DP Foto e Hesíodo Góes/PSDB)

A eleição municipal de 2024 tem tudo para ser apenas o “pontapé inicial” da disputa para governador em 2026.

Reeleito prefeito do Recife, a maior cidade do Estado, com 78,11% dos votos válidos, João Campos (PSB) tende a entrar de cabeça na disputa majoritária daqui a dois anos, deixando a capital sob administração do vice, Victor Marques (PCdoB), gestor de sua extrema confiança

Do  outro lado, a governadora Raquel Lyra (PSDB) pula esta etapa política para pensar na estratégia que adotará na “guerra” pela reeleição. E, para isso, conta ainda com dois anos de gestão para melhorar a aprovação do seu governo e entrar fortalecida na disputa.

Diante desse quadro, os resultados desse domingo (6) podem mostrar o que vem por aí, em caso de um confronto entre as duas maiores lideranças de Pernambuco na atualidade.

O mapa do primeiro turno mostra que, se depender dos apoios de prefeitos eleitos, 2026 vai ser muito equilibrado.

Analisando as vitórias de seus partidos, PSB e PSDB, no tabuleiro dos 184 municípios, João e Raquel  travam uma espécie de “pastoril” com cores diferentes, metade amarelo do PSB e metade azul do PSDB.

Trocando em miúdos, o PSDB de Raquel fez 31 prefeitos. Nesse quadro, entra a “grande vitória” da gestora, que ajudou a reeleger Rodrigo Pinheiro, em Caruaru, no Agreste.

O PSB de João, além de vender na capital e maior colégio eleitoral do estado, fez mais 30 aliados, também totalizando 31 prefeituras. Entre elas está Garanhuns, no Agreste, onde Sivaldo Albino venceu um aliado de Raquel, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Izaías Régis.

É preciso levar em consideração também que João e Raquel comandam grandes grupos políticos de aliados, envolvendo vários partidos diferentes.

Somando todas as forças aliadas, João Campos conquistou 97 prefeitura com candidatos eleitos por partidos com os quais têm algum tipo de alinhamento. Raquel ficou com 83 prefeituras, levando em conta esses mesmos critérios.

No rol dos aliados, a conta de João aumenta, com 22 prefeitos eleitos pelo Republicanos, 12 pelo MDB, 12 pela federação PT/PV/PCdoB, 10 pelo União Brasil, 8 pelo Avante.

Na lista de aliados de Raquel, o PP venceu em 24 municípios, o PSD em 19, o Podemos em oito, e o PRD, em uma.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e comandado em Pernambuco por Anderson e André Ferreira, fez duas prefeituras, uma delas em Jaboatão dos Guararapes, o segundo maior colégio eleitoral do estado. A sigla é considerada independente no tabuleiro de 2026.

Caso interessante é o do PDT, que já esteve nos lados e agora, por decisão do presidente nacional da sigla, se manteve neutro nessas eleições, embora as maiores lideranças do partido no estado, José Queiroz e Wolney Queiroz.

A disputa segue no segundo turno em duas cidades, Olinda e Paulista, locais onde os dois times se enfrentam com Vinícius Castello (PT) e Mirella Almeida (PSD), em Olinda, e Ramos (PSDB) e Júnior Matuto (PSB) em Paulista.

Em dois outros municípios pernambucanos a eleição também não foi definida, não por causa de um segundo turno, mas porque os candidatos vencedores concorreram sub judice. No Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral obteve 46,64 % dos votos válidos e, em Goiana,  Eduardo Honório recebeu 78,16%. Ambos aguardam uma definição da Justiça Eleitoral.(Diário de Pernambuco)

Publicada tabela com representatividade dos partidos na Câmara e no Congresso Nacional — Tribunal Superior Eleitoral