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Efeito sanfona: reganho de peso pode sobrecarregar o coração e desencadear doenças cardíacas

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Estamos em junho, mês de festividades culturais, comidas típicas, muito forró, e a sanfona é um símbolo que espalha a tradição nordestina por todo o país. Nos festejos, o instrumento musical ganha lugar de destaque, e para quem trata a obesidade, o “efeito sanfona”, termo que caracteriza a instabilidade do peso corporal, também tem a sua importância, sobretudo porque nesta época do ano, as mudanças na rotina das pessoas são verdadeiros gatilhos para engordar.

A obesidade é uma doença, e a manutenção do peso ideal é o principal desafio para as pessoas obesas ou com sobrepeso. De acordo com o dr. Gabriel Almeida, referência no emagrecimento, médico fundador do Núcleo GA, entre outros fatores, a perda de peso geralmente ocorre através da perda de líquido e de músculos, e a perda de massa muscular pode desencadear o efeito sanfona.

“A massa muscular é diretamente proporcional à nossa taxa metabólica basal, que é o mínimo de energia necessária para manter as funções do organismo quando em repouso (como os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a respiração e a manutenção da temperatura corporal). É o mínimo de calorias que é preciso consumir para o corpo funcionar. E quanto maior a massa muscular, maior a taxa metabólica basal, porque os músculos consomem muitas calorias”, diz Almeida.

A instabilidade do peso pode sobrecarregar o coração, e, consequentemente, desencadear doenças cardíacas. As pessoas que vivem no ciclo do efeito sanfona têm mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, e mais risco de morte, como explica a Dra. Carolina Almeida, diretora médica do Núcleo GA Petrolina:

“Quando você oscila o ganho e a perda de peso, o seu coração também sofre com isso. Quando você engorda, ele faz mais esforço para trabalhar, o que é melhorado quando você emagrece, porém, você engorda novamente e submete o órgão a um novo esforço. Com isso, o coração entende que não tem mais a força adequada, favorecendo o surgimento de doenças cardíacas. Portanto, é preciso estabilizar o seu peso, através da alimentação saudável, prática de atividades físicas, e se necessário, um acompanhamento médico para a introdução de medicações e um tratamento definitivo.”

Para o dr. Gabriel Almeida, a gordura é resiliente, cada vez que você perde peso e volta a ganhar o que perdeu, a dificuldade para perder novamente será ainda maior. Por isso, o efeito sanfona deve ser combatido.

“Não dá para ignorar essa situação e nem continuar testando dietas doidas, comendo comidas horríveis e se matando com atividades físicas exaustivas e sem orientação, em busca do emagrecimento. Uma equipe multidisciplinar com médico, nutricionista, profissional de educação física e psicólogo é fundamental para o emagrecimento saudável, sendo a terapia medicamentosa contínua o principal passo para vencer o efeito sanfona”, reforça o médico.

Agência ECOAR
Comunicação e Consultoria