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Descomplicando! Desembargador do TJPE recomenda que gabinete evite uso de palavras “difíceis” e latim em documentos

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Desembargador do TJPE recomenda que gabinete evite uso de palavras “difíceis” e latim em documentos

TJPE faz ação contra linguagem complicada (Foto: Arquivo )

Um desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)  recomendou que seu gabinete evite usar uma lista de palavras que, por serem muito técnicas, rebuscadas ou mesmo em latim, distanciam a população do Judiciário.

A decisão de Honório Gomes faz parte dos esforços em nome da linguagem simples, um pacto lançado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.

“O pacto pela linguagem simples não simplifica o direito em si, mas incentivar a utilização da língua portuguesa de um modo que torne conceitos complexos compreensíveis para qualquer cidadão”, diz o desembargador Honório Gomes, presidente da 1ª Câmara Criminal do TJPE.

A relação contém palavras como “Bojo dos autos”, “Caderno processual”, “Cediço”, “Cinge-se”, “Codex’, “De proêmio”, “Dessarte”, “Destarte”, “Escólio”, “Exordial”, “Fustigada”, “Inculpado”, “Increpado”, “Indigitada autoridade coatora”, “Juiz de piso”,” Juiz primevo”, “Outrossim”, “Parquet”, “Peça atrial”, “Peça de ingresso”, “Peça vestibular”, “Porquanto”, “Pretório excelso”, “Prima facie”, “Remédio heroico”, “Supramencionado”, e “Travestido”.

Pacto

A Presidência do TJPE aderiu ao pacto pela linguagem simples, assinando, em 4 de junho deste ano, o acordo de cooperação técnica com o CNJ para aproximar o Judiciário das pessoas.
Com o acordo, o Tribunal assume vários compromissos:

Estimular juízes(as) e setores técnicos a, sem negligenciar a boa técnica jurídica, eliminar termos excessivamente formais e dispensáveis à compreensão do conteúdo a ser transmitido;
Adotar linguagem direta e concisa nos documentos, comunicados públicos, despachos, decisões, sentenças, votos e acórdãos; explicar, sempre que possível, o impacto da decisão ou julgamento na vida do cidadão;

Utilizar versão resumida dos votos nas sessões de julgamento, sem prejuízo da juntada de versão ampliada nos processos judiciais;

Fomentar pronunciamentos objetivos e breves nos eventos organizados pelo Poder Judiciário;

Reformular protocolos de eventos, dispensando, sempre que possível, formalidades excessivas; e utilizar linguagem acessível à pessoa com deficiência (Libras, audiodescrição e outras) e respeitosa à dignidade de toda a sociedade.(Diário de Pernambuco)

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