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Poupar e investir devem ser ensinados desde a infância

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Especialistas defendem que ensino da educação financeira pra crianças ajuda na formação de adultos conscientes

Foto: Adobe Stock

Entender o mercado financeiro pode parecer complicado. Afinal, é preciso conhecer os termos, as siglas, as características dos produtos e a dinâmica das operações antes de começar a investir. Reconhecendo que são muitas informações, especialistas da área defendem que o ensino tenha início ainda na infância.

Autor da série de livros “O Menino do Dinheiro” e da obra “Mesada não é só Dinheiro”, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, afirma que a educação financeira também é assunto para crianças. Segundo o especialista, é necessário aprender, desde pequeno, a importância de economizar, investir e consumir de forma consciente.

Por acreditar que crianças bem informadas tornam-se adultos mais conscientes, o coordenador do projeto de extensão “Educação financeira para toda a vida” da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Wenner Glaucio Lopes Lucena, teve a iniciativa de desenvolver gibis sobre o tema.

O primeiro exemplar “Indo às compras – Parte 1” foi publicado em junho do ano passado. Desde então, mais cinco obras já foram disponibilizadas para o público.

Inclusão na grade curricular de ensino

Desde 2020, a educação financeira passou a integrar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dos ensinos infantil e fundamental das escolas da rede pública e privada.

A iniciativa foi fruto de conversas entre a Abefin e o Ministério da Educação (MEC). Em 2016, uma audiência pública, realizada na Câmara dos Deputados, debateu o assunto publicamente.

A informação do MEC é que os professores estão recebendo o treinamento adequado para abordar o tema com os alunos de acordo com a vivência de cada faixa etária.

Na avaliação da Abefin, a educação financeira é uma disciplina que trabalha com comportamento e hábitos. Portanto, pode ser abordada de forma lúdica com as crianças.

Compreendendo o perfil de investidor

A Anbima informa que, ao estudar o mercado financeiro, a pessoa é capaz de compreender qual é o seu perfil como investidor e associar os investimentos que podem ajudá-la a alcançar seus objetivos.

Para isso, é aconselhável avaliar a liquidez, a segurança e os riscos envolvidos em cada operação.

Se, a princípio, são muitas informações a serem assimiladas, os especialistas defendem que quanto mais tempo dedicado a esse aprendizado, maior será a facilidade para a apreensão do conteúdo.

Por isso, quando a educação financeira é ensinada na infância, a formação ocorre naturalmente e contribui para o maior preparo financeiro na vida adulta.

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