A amamentação é a principal forma de fornecer ao bebê os nutrientes necessários para sua sobrevivência e seu desenvolvimento
Nesse domingo (01) foi comemorado o Dia Mundial da Amamentação. A data foi criada em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação e tem como finalidade promover o aleitamento materno como melhor e mais completo alimento para a criança nos primeiros anos de vida, além de incentivar a criação de bancos de leite. A data é comemorada dentro da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países anualmente entre os dias 1º e 07 de agosto.
Porém, a pandemia impactou fortemente a doação de leite materno em Pernambuco. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2020 foram 7.713 litros de leite doados. Para se ter uma ideia, no ano anterior, os bancos de leite receberam 10.636 litros recebidos. As doações são primordiais para abastecer os bancos de leite, que atendem as unidades referência em assistência materno-infantil. “A amamentação protege contra doenças, previne a formação incorreta dos dentes e problemas na fala, proporciona melhor desenvolvimento e crescimento, além de ser um alimento completo, dispensando água ou outras comidas até os seis primeiros meses de vida do bebê. Para a mãe, faz o útero voltar ao tamanho normal mais rápido e diminui o sangramento, prevenindo a anemia materna e reduzindo o risco de câncer de mama e ovários. Além de prático, sem custo adicional, não polui o meio ambiente com latas e mamadeiras”, explica a mestre em saúde da Criança e do Adolescente e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Sílvia Gomes.
Outra dúvida que surgiu em meio ao isolamento social foi a amamentação de mães que testaram positivo para Covid-19 ou que já tiveram os sintomas da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação deve ser mantida. “A mãe suspeita ou com diagnóstico de COVID- 19 pode amamentar se estiver em bom estado geral, se quiser amamentar. Mas deve tomar alguns cuidados higiênicos e seguindo algumas recomendações, como usar máscara facial cobrindo completamente nariz e boca durante as mamadas, evitar falar ou tossir durante a amamentação, trocar a máscara imediatamente em caso de tosse ou espirro ou a cada nova mamada, lavar as mãos com frequência antes de tocar no bebê ou antes de fazer a extração do leite materno, higienizar as mãos com álcool em gel 70%. Caso a mãe mesmo assim não se sinta segura, ela pode tirar o leite materno e pedir para outra pessoa oferecer a criança”, ressalta a profissional.
Além da amamentação, a vacina contra a covid-19 é uma aliada na imunização dos bebês. Mulheres que tomaram as duas doses do imunizante, podem passar os anticorpos para seus bebês através da amamentação. “Estudos recentes tem mostrado esses resultados. A mãe vacinada pode passar essa imunidade através do leite materno, protegendo a criança de contrair a doença com gravidade”, conta Sílvia. Os estudos foram realizados com as vacinas da Pfizer, nos EUA e no Brasil, com a CoronaVac.(Ascom)