Diogo Sales, médico oncologista do Hospital Jayme da Fonte, fala sobre o tema

O câncer de mama é o tipo de tumor mais temido pelas mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 60 mil novos casos são diagnosticados por ano no Brasil, sendo 1% desses casos em homens. Ainda dentro desses dados, a neoplasia de mama está associada a cerca de mais de 17 mil mortes por ano no país e atinge, normalmente, pessoas idosas a partir dos 60 anos. Mas vale lembrar que a população feminina mais jovem, abaixo de 50 anos, também pode ter o diagnóstico da doença.
“O principal sintoma do câncer de mama é o nódulo, mais conhecido como caroço. Normalmente, ele é endurecido, fixo e sem dor. A mama também pode ficar avermelhada e com a consistência como se fosse uma casca de laranja. Outro sintoma que pode aparecer são caroços nas axilas, onde esse tumor sai da mama e vai pra axila”, explica Diogo Sales, médico oncologista Hospital Jayme da Fonte.
“As principais pacientes que têm diagnóstico do câncer de mama normalmente são idosas, a partir de 60 ou 65 anos, mas vale lembrar que as mulheres mais jovens, especialmente aquelas abaixo de 50 anos, também podem ter o diagnóstico de câncer de mama”, continua.
Certas mutações genéticas herdadas de um dos pais podem estar por trás do câncer de mama, mas isso não é tão frequente quanto se imagina. Segundo o INCA, apenas 5% a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários. A maior parte das mutações no DNA das células são adquiridas ao longo da vida.
“As principais causas podemos dividir em dois subtipos. Os fatores de risco evitáveis, que são aqueles associados aos hábitos de vida. Por exemplo, pessoas obesas, sedentárias e pacientes que não têm uma dieta equilibrada e também fumam, têm grande chance de desenvolver o câncer de mama. E aqueles não modificáveis, que acontecem em pessoas idosas, em pacientes que têm um período longo entre a menarca e os que não têm filhos também têm uma predisposição. Outra coisa que não é modificada são as síndromes hereditárias do câncer, onde a paciente vai ter alterações no DNA que propiciam e levam o aparecimento de câncer”, pontua o médico.
Folha de Pernambuco