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Saiba os fatores que influenciam em um bom pós-operatório de uma cirurgia de grande porte

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A intervenção, muitas vezes, envolve os órgãos mais essenciais para o funcionamento do corpo

As cirurgias de grande porte envolvem, muitas vezes, os órgãos mais essenciais para o funcionamento do corpo e são associadas a uma perda sanguínea maior e com mais possibilidade de complicações durante e no pós-operatório. É um tipo de cirurgia que demanda bastante cuidado e vigilância contínua da equipe multiprofissional.

Segundo o cirurgião torácico Diego Montarroyos, do Hospital Jayme da Fonte, trata-se de um procedimento grande, com um tempo mais demorado, em torno de quatro a seis horas ou mais. “É um procedimento que tem risco cirúrgico, ou seja, um risco de sangramento, um risco de algum comprometimento do paciente no ato cirúrgico. Pode ter alguma instabilidade hemodinâmica, ou seja, a pressão do paciente pode baixar ou pode ter oscilações. Pode ser considerada uma cirurgia de grande porte pelo tempo, pela complexidade ou pelos riscos inerentes a esse procedimento junto com o paciente”, explica o médico.

Entre as principais cirurgias de grande porte, estão aquelas realizadas em órgãos abdominais e torácicos, no crânio e na coluna, as ortopédicas, as vasculares e o transplante de órgãos. A cirurgia de grande porte envolve profissionais da saúde de diferentes especialidades nos cuidados antes, durante e após o procedimento.

Por ter um nível alto de complexidade, o histórico do paciente e as condições que são realizadas a cirurgia são determinantes para o sucesso da intervenção.

Dr. Diego Montarroyos.

“Os fatores que interferem na cirurgia de grande porte é como o paciente chega. Por exemplo, um paciente hipertenso ou diabético, que não toma nenhum tipo de medicação, não controla sua pressão, não controla sua diabetes, paciente tabagista, ele traz tudo isso no ato cirúrgico. Então o objetivo é se cuidar todo dia, tomar seus remédios, para se uma eventualidade de uma emergência acontecer, você traz para o cirurgião um sistema mais controlado e sair de um procedimento também muito estável”, continua Dr. Diego Montarroyos.

A cirurgia de grande porte é realizada com uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermagem, fisioterapia e demais profissionais da saúde. No pós-operatório, é importantíssimo que o paciente seja acompanhado por um médico assistente e obedeça às ordens da equipe de enfermagem.

“O paciente vai ter alta no momento certo, nem mais dias e nem menos dias. Durante o tempo que ele permanecer internado no hospital, existem vários protocolos de segurança do paciente e várias formas de minimizar os riscos de se manter internado no hospital. O principal que tem que fazer é obedecer à enfermagem, à fisioterapia, deambular, ou seja, caminhar se possível, se tiver condições, obviamente. Caminhar, tomar banho, comer sozinho. Essas atividades, por mais simples que pareçam, trazem aos pacientes uma recuperação muito mais rápida”, explica Montarroyos.

Hoje, com o aumento da tecnologia, a melhora nos protocolos de segurança hospitalar e o nível das UTIs, tanto públicas quanto privadas, têm avançado e contribuído para uma recuperação mais rápida dos pacientes, mesmo que seja uma cirurgia extensa.

“A gente consegue fazer uma cirurgia muito maior através de vídeo cirurgia, por exemplo, e no outro dia dar alta para o paciente. Conseguimos encurtar o internamento hospitalar do paciente. Então essa série de protocolos, essa série de evolução do ato cirúrgico faz com que o tempo de internamento fique cada vez menor, óbvio, respeitando os passos cirúrgicos e com aqueles pacientes que não tem nenhum tipo de intercorrência”, diz o médico.

É importante você se cuidar todos os dias e manter a sua saúde. Estar ciente dos riscos é uma forma de evitá-los.(Folha de Pernambuco)