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Corpo de Ziraldo foi enterrado no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro

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O corpo do desenhista e escritor Ziraldo foi enterrado na tarde deste domingo (7) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.

O desenhista morreu aos 91 anos em casa, dormindo, de causas naturais. O velório, aberto ao público, ocorreu entre a manhã e a tarde no no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. com a presença de fãs, amigos, parentes, autoridades e artistas.

Corpo de Ziraldo é enterrado no Cemitério São João Batista — Foto: Reprodução/GloboNews

Corpo de Ziraldo é enterrado no Cemitério São João Batista — Foto: Reprodução/GloboNews

                       Familiares, amigos e fãs se despedem de Ziraldo

Bonecos do Menino Maluquinho e de Jeremias o Bom ao lado do caixão de Ziraldo. — Foto: Suelen Bastos/ g1

Bonecos do Menino Maluquinho e de Jeremias o Bom ao lado do caixão de Ziraldo. — Foto: Suelen Bastos/ g1

“Aquele menino que pintou o Brasil, que fez gerações rirem, esse era o Ziraldo. No AI-5, a gente, em pleno Natal, o Exército chegou lá, a polícia, o soldado, o tenente, para prender o Ziraldo. Quando ele chegou na porta e viu a família, ele olhou para o Ziraldo, em pleno 68, e disse ‘Termine de cear com a sua família, que nós esperamos você lá embaixo, para levar para o Forte para o Copacabana. Isso é o Ziraldo. E está partindo com brilho, com luz, com bondade”, destacou o ator.

Os atores Antônio e Camila Pitanga no velório de Ziraldo — Foto: Suelen Bastos/ g1

Os atores Antônio e Camila Pitanga no velório de Ziraldo — Foto: Suelen Bastos/ g1

Frederico Pinto, sobrinho de Ziraldo, e Santinha Alves Teixeira, irmã do desenhista — Foto: Suelen Bastos/ g1

Frederico Pinto, sobrinho de Ziraldo, e Santinha Alves Teixeira, irmã do desenhista — Foto: Suelen Bastos/ g1

Santinha Alves Teixeira, Irmã de Ziraldo, contou que a grandiosidade do artista era tida como natural pela família. Ela contou que o desenhista era uma pessoa amorosa e que prezava pela união da família.

“Desde que eu nasci ele já era famoso, já era uma pessoa pública. Era muito natural dele ser tão amoroso assim. Mas ele também era muito presente, foi um irmão maravilhoso, tio, pai”, disse Santinha.

O sobrinho de Ziraldo, Frederico Pinto, lembrou que o tio abriu portas para o mundo, e também para a própria família, que se inspirou nos caminhos dele.

“Ele deixa um conforto pra família, porque abriu portas para o mundo inteiro. Fez todos nós nos sentirmos especiais. Depois dele muitos viraram artistas na família. Ele incentivava e nos deixava confortáveis para fazermos nossas escolhas”, contou.

O jornalista Daniel Alves Pinto, sobrinho do artista, lembrou do bom humor do tio.

“Ele gostava de criar e gostava de ter esse contato com as pessoas, de reconhecer”, destacou.

Fã levou cartaz para homenagear Ziraldo — Foto: Suelen Bastos/ g1

Fã levou cartaz para homenagear Ziraldo — Foto: Suelen Bastos/ g1

Criador de personagens como “O Menino Maluquinho” e a “Turma do Pererê”, Ziraldo também foi chargista, caricaturista e jornalista. Ele foi um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil.

Correio Brasiliense